Quantas vezes sentimos necessidade de desligar o nosso cérebro?
Quantas vezes chegamos à nossa cama e parece que a nossa mente não quer parar?
Todos nós lidamos com isto quando estamos a atravessar um momento difícil, quando aparece uma despesa que não estávamos a contar com ela.... e nós....só queremos desligar o botão! Parar! Não pensar em nada!
Não desanimem! Não desistam! Existe uma maneira de superar estas situações recorrendo a uma prática que, nas duas últimas décadas, a ciência têm vindo a desenvolver e validar. Todos nós já ouvimos falar de Mindfulness.
Mas o que é o Mindfulness?
A melhor definição de Mindfulness é " Estarmos conscientes da experiência presente com aceitação".
Um dos princípios fundamentais de Mindfulness é alertar para que todos nós levamos os nossos pensamentos muito a sério. Pensamos sempre que os nossos pensamentos significam alguma coisa!
A bem da verdade nós pensamos que somos os nossos pensamentos! E este é um dos motivos porque nos preocupamos tanto e experienciamos tantas emoções negativas, LEVAMOS OS NOSSOS PENSAMENTOS SOBRE O MUNDO MAIS SERIAMENTE QUE O PRÓPRIO MUNDO!
Ás vezes não conseguimos racionalmente enfrentar esses pensamentos negativos. A Mindfulness simplesmente diz: deixa-os ir!
Efectivamente não conseguimos, não temos um botãozinho mágico para podermos desligar o nosso cérebro. Mesmo que levemos anos a meditar não conseguiremos libertarmos-nos dos pensamentos perturbadores. Mas, podemos aprender a ver esses pensamentos, a reconhecê-los e nãos nos emaranharmos,nem acreditar neles.
" A prática de mindfulness ajuda-nos a evitar a armadilha dos pensamentos contraproducentes, aprendendo a deixá-los ir"
A abordagem de mindfulness ensina práticas às pessoas com uma ênfase especial em não tomar quaisquer pensamentos muito a sério, mas o importante é estar enraizado na realidade sensorial, no aqui e no agora ... Em vez de fantasiar sobre o próximo momento de entretenimento, pode voltar a sua atenção para o que está a ver e a ouvir, comprar um café/chá, e caminhar na rua. Em vez de ficar frustrado porque o comboio está atrasado, pode estudar (discretamente) os outros passageiros, observar a arquitectura da estação, e estar atento às sensações no seu corpo enquanto se senta e espera. Há sempre algo interessante para fazer - apenas preste atenção ao que está a ocorrer no momento.
Como pararmos de nos preocuparmos e começarmos a estar conscientes?
► Não somos os nossos pensamentos. Às vezes eles são simplesmente poderosos. Só porque consideramos isso, não os tornemos verdadeiros.
► Observar, mas não julgar. Reconhecer os nossos pensamentos, mas deixemos-os fluir. Não lutar com eles.
► Não se distraia, mergulhe. Não verifique o seu e-mail para o tempo centésima vez. Envolva-se com o mundo ao seu redor. Preste atenção à informação que vem dos seus sentidos.
► Note ou rotule os pensamentos intrusivos. Sim, os pensamentos oferecem resistência. Reconheça-os. Dê-lhe um nome engraçado.
► Retorne para os seus sentidos. Realmente preste atenção ao mundo ao seu redor.
E quando eu digo que prestar mais atenção ao mundo ao seu redor, isso não significa apenas coisas. Significa também pessoas. O que acaba com a maior parte dos relacionamentos? "Tu não me dás atenção suficiente." - reconheces?
Quando nós nos 'esforçamos' para deixar a identificação com os pensamentos e abraçamos o mundo em torno de nós, podemos concentrar mais a atenção sobre aqueles que amamos.
Como especialista de mindfulness, Jon Kabat-Zinn destaca, num certo número de idiomas asiáticos "mente" e "coração" são a mesma palavra. Então, mindfulness não é um processo frio ou clínico, podendo mesmo ser traduzido como "heartfulness" ou, porque não, "mindheartfulness"
Deixe os pensamentos fluir e volte a sua atenção para as pessoas que ama.
Namastê
Namastê